Saúde
O UNICEF trabalha com governos, sociedade civil, setor privado, terceiro setor e famílias para garantir a cada menina e menino o direito de se desenvolver de forma integral, crescer com saúde e livre do HIV/aids
Situação no Brasil
Nas últimas décadas, o Brasil se destacou por reduzir significativamente a mortalidade infantil (até 1 ano) e na infância (até 5 anos). No entanto, em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de mortalidade infantil e na infância cresceram. De 2017 a 2019, elas caíram, mas ainda estão próximo ou similares aos patamares de 2015. Desde 2015, também, as coberturas vacinais – que vinham se mantendo em patamares de excelência – entraram em uma tendência de queda, agravada pela pandemia do coronavírus (covid-19).
A mortalidade nos primeiros 27 dias de vida (neonatal) continua um grande desafio, sendo a prematuridade a segunda maior causa de morte, associada a um pré-natal de baixa qualidade. Além disso, os avanços não alcançam todos e as desigualdades são visíveis. As regiões Norte e Nordeste possuem as maiores médias da taxa de mortalidade infantil, com 16,9 e 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos, respectivamente. No Brasil, meninos e meninas indígenas têm 2,5 vezes mais risco de morrer antes de completar 1 ano do que as outras crianças brasileiras. A desnutrição infantil é um grave problema entre as populações indígenas, e aparece como uma das principais causas básicas de morte.
Também relacionada à má nutrição está a obesidade. O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, sal e açúcar, com baixos teores de nutrientes, tem comprometido a saúde de crianças e adolescentes.
Por fim, quando se fala em saúde, é necessário incluir o tema do HIV/aids e da sífilis congênita. A resposta brasileira ao HIV/aids é reconhecida globalmente como uma das melhores, mas o aumento de novos casos entre adolescentes e jovens preocupam o País. Há, também, um aumento dos casos de sífilis congênita. Se tratada no pré-natal, a incidência da doença pode ser reduzida.
Principais iniciativas do UNICEF no Brasil
Primeira Infância – Semana do Bebê
Investir na sobrevivência e no desenvolvimento da criança em seus primeiros anos de vida. Esse é o foco das Semanas do Bebê, iniciativa apoiada pelo UNICEF nos municípios inscritos no Selo UNICEF e nas capitais da #AgendaCidadeUNICEF. As semanas têm como objetivo reunir esforços de governos e da sociedade para garantir os direitos de mulheres gestantes, mães e seus filhos e filhas.
Busca Ativa Vacinal (BAV)
Para ajudar a resgatar os bons indicadores da cobertura vacinal, o UNICEF desenvolveu uma estratégia intersetorial que conta com uma plataforma tecnológica de forma a envolver diferentes atores na identificação de crianças sem vacina, encaminhamento e monitoramento. A estratégia é desenvolvida nos municípios do Selo UNICEF Edição 2021-2024.
Iniciativa Unidade Amiga da Primeira Infância (Uapi)
A Uapi é uma iniciativa inovadora com objetivo de promover serviços de excelência para a primeira infância por meio de assistência técnica, capacitação, monitoramento, acompanhamento e certificação da melhoria da oferta de serviços em unidades de saúde e de educação infantil. A iniciativa é desenvolvida em capitais participantes da #AgendaCidadeUNICEF.
Enfrentamento da obesidade
O UNICEF investe na prevenção de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Entre as ações, estão a criação de materiais informativos sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável para crianças de até 2 anos e alimentação saudável para adolescentes, e a capacitação de profissionais de saúde, assistência social e educação sobre a promoção da alimentação saudável. O UNICEF também atua com advocacy para o estabelecimento de políticas públicas que promovam os direitos à alimentação adequada e para regulamentação da indústria de alimentos (publicidade infantil, promoção de escolas saudáveis, rotulagem frontal de alimentos).
Determinantes de desnutrição indígena
Em 2019, o UNICEF lançou um estudo sobre determinantes da desnutrição indígena, focado na comunidade Yanomami, que possui os piores indicadores de desnutrição e mortalidade infantil. Com base no estudo, iniciativas vêm sendo desenvolvidas, em parceria com o governo federal, para a garantia do direito à saúde de meninos e meninas indígenas.
Situação migratória
O UNICEF apoia diretamente a população migrante venezuelana, no contexto da crise migratória no norte do País com ações de avaliação nutricional e identificação precoce, encaminhamento e monitoramento de casos de desnutrição infantil, monitoramento ativo da suplementação de micronutrientes em gestantes e lactantes; atividades de promoção do aleitamento materno e introdução alimentar, entre outros.
ALGUNS RESULTADOS DE 2021
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Mais de 5,5 mil escolas implementaram protocolos seguros de reabertura, com prevenção e controle de infecções.
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Mais de 129 mil crianças e adolescentes tiveram acesso a escolas e unidades de saúde mais seguras, com máscaras, álcool em gel, lavatórios de mãos, sistemas de abastecimento de água e materiais de comunicação.
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Mais de 4,5 mil profissionais e agentes comunitários de saúde foram capacitados em controle e prevenção de infecções.
- Mais de 787 mil pessoas receberam equipamentos essenciais como kits de higiene (sabão, máscara e álcool em gel) e de higiene menstrual.
- Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram impactadas pelo rádio com mensagens de hábitos seguros e desenvolvimento de uma nova cultura.
- Mais de 3,8 mil unidades de saúde receberam máscaras, termômetros, oxímetros e outros equipamentos de água, saneamento e higiene.
- Mais de 72 mil meninas alcançadas com kits de higiene menstrual.