HIV/aids e sífilis
Novos casos de HIV/aids entre adolescentes e jovens preocupam o Brasil. Há, também, um aumento dos casos de sífilis congênita. Se tratada no pré-natal, a incidência da doença pode ser reduzida
Uma das grandes conquistas dos últimos anos no Brasil foi o sucesso no controle da transmissão vertical do HIV, quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. A transmissão do HIV de mãe para filho caiu pela metade entre 1995 e 2015.
Hoje, os efeitos mais graves da epidemia de aids no Brasil recaem sobre os adolescentes e jovens. Entre 2010 e 2020, o número de novos casos entre meninos de 15 a 19 anos aumentou 29%, e entre homens de 20 a 24 anos, o aumento foi de 20,2%. Também preocupa o aumento de casos de HIV entre mulheres trans, sendo estimada uma prevalência superior a 30% no Brasil.
Desde 2013, o UNICEF vinha promovendo o Viva Melhor Sabendo Jovem, uma estratégia para ampliar o acesso de adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos ao teste do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis e o início imediato do tratamento. A iniciativa se mostra sustentável em diversos locais com apoio de parceiros.
O UNICEF tem focado esforços no fortalecimento das redes de jovens vivendo e convivendo com HIV, e sua integração com outras redes e estratégias voltadas para promoção da saúde mental, bem-estar e oportunidades de inclusão produtiva no mercado de trabalho.
Outra preocupação é um aumento dos casos de sífilis congênita. Se tratada no pré-natal, a incidência da doença pode ser reduzida. O UNICEF apoia o Ministério da Saúde em estratégias de promoção da testagem e tratamento da sífilis, além de promover um pré-natal de qualidade, testagem rápida de sífilis e HIV e tratamento da sífilis em gestantes nas unidades de saúde por meio da iniciativa Unidade Amiga da Primeira Infância.